sábado, 7 de novembro de 2015

O irremediável


Esse que nos abre,
trespassa suturas,
cortes, pontos, linhas;
um bisturi desenhando-nos
O passo, o caminhar.

Esse inadiável estar e não-estar
Poupar e deixar-se vulnerável 
A irremediável dosagem redentora.

(Fernanda Fraga, novembro de 2015)


Um comentário:

Wendel Valadares disse...

O ir nunca é remediável, assim como a tua poesia, Fêfê.

Tua poesia nos suga, nos força a continuar .

Tua palavra é sempre a "dosagem redentora".

Te admiro!