terça-feira, 29 de novembro de 2011

Minha Partitura...


Someone Like You by Aston on Grooveshark


Ó dor...
Dor sobre formas repartidas
A igualar-se a um compasso musical
Em claves de Fá e Sol
Com disposição não de três tempos
Mas de quatro.

Com pausas de Semibreves.
E ritornelos doridos de mínimas.
Com garoas de ventos frios de neves.

Ó sufoca-me esse meu pesar
Este meu Amor utópico
Que corrói nas funduras dos ossos.

A compor em meu ser:
Uma Partitura de Quimeras e Queres.
Sigo o dedilhar do Piano
E componho minh´alma
Que se perde em nacos.

Fico à deriva...
A por fim nessa Partitura
Da minha utopia desmedida.

(Fernanda Fraga)

PS.Imagem Weheartit

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Uma Lágrima...


As gotas que caem da minha íris, é refrigério de tristeza, cristalizada em ínfima alegria; pra alcançar o meu voo em redenção.

(Fernanda Fraga)

PS.: Imagens do Google, sem site especifíco.

sábado, 19 de novembro de 2011

Uma Bênção...


Um desejo:
Caminhar sobre um Céu mais azul e por territórios mais e mais tranquilos...

(Fernanda Fraga)

Ps.: Imagens do Google sem site específico.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Onde nossa duração agora, já é eternidade...


Percorro a demora deslizante da ponta do lápis a reticenciar sua alma no papel da minha pele. Nesse exato momento o grafite turvo-cinza encontra seu colo regendo-me numa oração serena. Cristalizo o verbo conjugado experimentado por nossos lábios; e alguns rabiscos por não passar e a ficar à espera de qualquer instante. Por viver, e eu vivo uma cronologia dos segundos, onde nossa duração agora, já é eternidade.
Ocupo-me de idas e retornos; agendas, roteiros e compromissos; de tempos a abrir e fechar os cílios olhando o céu que se resplandece quando o Sol beija o íntimo e liberta. O mesmo solo, o único; que me tem alinhada por meio dos seus sorrisos a sustentar os brotos, que de ti me Floresce. Envolvo-me a escrever mais e mais o que a Poesia me propõe: purificar qualquer coisa; qualquer pano de fundo que me seja encontro, troca.
Deito-me, levanto e já descalculo os ponteiros do relógio do quarto. Abro e fecho as janelas e não te encontro. Inquietou-me e evaporou na minha pele doçuras. O agora firma meus desejos e sonhos representados dias e noites. E acordei vendo você amanhecer em mim.
(Fernanda Fraga)


domingo, 13 de novembro de 2011

Espetáculo e Platéia...


Ouvia-se o barulho reluzente lá do lado de fora. A chuva caindo naquela noite, espetáculo e platéia. Embasavam no vidro as saudades, as sequidões, clarões no céu. Amando-se um ao outro. Anunciavam que o Amor é imensidão de duas almas em uma só. Impulsionava, insuflava em seus pulmões o ar precocemente aprisionado nas esquinas e ruas de outras paixões. Os fazendo revestir noutro dia manhãs de céu azul. Mas a noite inaugurava trovões no peito, os fazendo explodir mutualmente no mesmo compasso. Por querer sair do casulo das lonjuras e tecer águas-oceanos de você-em-mim. Ele simplifica e juntos somam. Imundam-se, anseiam-se um ao outro, deseja-se o outro ser-em-nós a plenitude de gozo e glória.
(Fernanda Fraga)