domingo, 29 de novembro de 2015

Mudar de Casa...



"Minha essência é mudar, não me basta ser rio, se posso ser mar".
(Fábio Rocha)
Esse é meu primeiro post sobre o meu  novo blog no WordPress. Sim, estarei migrando para lá. Há tempos venho sentindo necessidade de mudar, de encontrar um espaço mais bonito, que possibilitasse ter mais acesso aos leitores, que continuasse com um designer mais leve, porém com uma ótica mais aprimorada talvez. Uma mudança apenas para fazer-se de varanda às minhas poesias colo mais bonito, um cantinho de prosas e fragmentos. Lugar, casa arejada, pintura nova.  O meu blog do WordPress é esse turma abaixo, está tudo ainda em construção, quem quiser me acompanhe por lá: https://fernandaffraga.wordpress.com/
Foi um anseio normal, de quem quer sentir outras bordas, texturas, erudições, cores, andarilhos, chão, nuvens e maciez nos pés. Todos os poemas, poesias, textos desse blog estarão sendo repostados aos poucos para lá, de forma seletiva claro. Em tempo irei providenciar um link/arquivo como amostra de onde tudo começou com um link desse blog.  Anteriormente a esse, tive um outro criado em 2006, onde desativei e migrei para o Blogger. O primeiro era o  blog da Uol zip.net com o mesmo nome desse blogger 'Me Falta Um Pedaço Teu'. A de saber que ainda que eu seja resistente as mudanças, chega uma hora que depois de um bom tempo resolvo mudar e as essências também. E pra lá eu vou!!! Sou gratidão aos que me acompanharam nesse blog desde o começo em 2010 e estão até hoje, aos primeiros seguidores, aos novos, as primeiras impressões a certa do que escrevo, ao carinho, a algumas amizades que fiz por aqui. Muito obrigada de verdade!!!   Sejam todos muito bem-vindos por lá! Puxem a cadeira a casa é sua!

*Imagem desconheço autoria.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Texturas


Um dia que não volta
A hora descolore a tarde,
rasga o céu,
os fios do Sol
Rouba-lhe os laços;
Minam bem-querer,
Sob as linhas de suas palmas;
Fica a textura do carinho,
A mágica, o poético.
A digital presente: 
São almas
Suaves;
São almas
macias.

(Fernanda Fraga)
Créditos foto: Diggie Vitt

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Travessias

Qual afeto nos aplaca?
Qual delicadeza nos aproxima?
O que emerge em nós,
nos dilacera.

A parte que nos atravessa
tem a permissão de ser voo
Dimensão de ser pertença
Ainda que não nos seja.

Eis o dia a findar as horas
Eis as Estrelas a deslizarem aos olhos
O impacto semipresente
O silêncio, delicado silêncio
bordado nas mãos dadas
No aperto entre duas essências.

A pousarem sonoras, 
sob a luz que não vemos
e percorrem o tempo;
sem saber como se lhe guardassem
a própria casa.
A página que se abriria aos meus olhos:
Mora em mim?!

(Fernanda Fraga)


Imagem: © Diggie Vitt

sábado, 7 de novembro de 2015

O irremediável


Esse que nos abre,
trespassa suturas,
cortes, pontos, linhas;
um bisturi desenhando-nos
O passo, o caminhar.

Esse inadiável estar e não-estar
Poupar e deixar-se vulnerável 
A irremediável dosagem redentora.

(Fernanda Fraga, novembro de 2015)


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Pétala Solar


O verso escrito,
Tem no risco os teus reinos;
Toda beleza pinçada.

São pássaros distraídos
A tomarem formas
percorrem primaveras
Lugar de aderências
     s u a v e s
       falhas,
      declives,
       vãos;
Um rosto pintado à mão
A despedaçar imperfeito
      ao feito
        que envasa
aos possíveis e silenciosos reflexos
que douram a infinitude.
Longe e incerta
Úmida de nós.

Por isso custa-nos ser
      p r o m e s s a
Custa-nos ser herdeiros do próprio jardim
Espetáculo a aliviar dos enganos
Pétala solar que deambule milagres
Uma dimensão mágica
A se fazer colorida,
hábil de sabores
das esquinas que não nos
e(namoram).

Sob alquimia desses imaginários
O papel desdobra-nos
Aquém de aguçadas singelezas
Carecem de coleções
que celebrem-nos
De aragens dignas aos teus pés.
As letras, elas próprias
Habitam os teus frutos.

(Fernanda Fraga)


*Imagem desconheço autoria.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Dissolver...

"Escrever concede aos poetas talvez o poder de transformar, dissolver os amargos, as revoltas em voos suaves; em pássaros libertos.
Bem-aventurado se todo poeta desenhassem asas em meio as arrogâncias sofridas, ao tapa na cara. Que calçassem nos pés flores, para exorcizar essas possíveis feridas. Ser arco-íris onde se veem cinzas. Para ser ponte, a bendição de sua própria Poesia. 
Que assim seja!". 

(Fernanda Fraga, Minas Gerais, 2 de outubro de 2015)

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A Lua em rubra cor



*Dedicada inspiração ao Eclipse da Lua.

Ela com seus olhos de pincéis alvos
Delicadamente me acompanha;
És robusta, tens trajes belos
Que servem de laços
Pra enfeitarem as pontas das Estrelas.

Teus contornos se rendem
às fissuras da Terra e do Sol.
Ela se orna aos meus olhos
Se exibe
toda e inteira
se despe...
             E a Terra gira,
                     gira,
               gira,
                   gira,
                      gira,
            
desliza,
e

r
  o
     m
         p
            e
magistralmente
com rubra cor;
Colorem os teus lábios,
Todo teu corpo é perfumado
Marejo os olhos...
A Lua se cobriu de Amor.

(Fernanda Fraga, Minas Gerais, 27 de Setembro de 2015)