domingo, 13 de novembro de 2011

Espetáculo e Platéia...


Ouvia-se o barulho reluzente lá do lado de fora. A chuva caindo naquela noite, espetáculo e platéia. Embasavam no vidro as saudades, as sequidões, clarões no céu. Amando-se um ao outro. Anunciavam que o Amor é imensidão de duas almas em uma só. Impulsionava, insuflava em seus pulmões o ar precocemente aprisionado nas esquinas e ruas de outras paixões. Os fazendo revestir noutro dia manhãs de céu azul. Mas a noite inaugurava trovões no peito, os fazendo explodir mutualmente no mesmo compasso. Por querer sair do casulo das lonjuras e tecer águas-oceanos de você-em-mim. Ele simplifica e juntos somam. Imundam-se, anseiam-se um ao outro, deseja-se o outro ser-em-nós a plenitude de gozo e glória.
(Fernanda Fraga)

4 comentários:

Ale disse...

Caramba!

Amo chuva!

Tudo dela me faz um bem enorme,


Adoreiiiiiiiiiiiiiii


Bjkasssssssssss

Nayara Maranthya disse...

Oi querida, te achei no blogosfera. Estou seguindo, segue lá;:
http://simpleseeinefavel.blogspot.com/

Luana Barcelos Dantas disse...

Fê, você demora a escrever, mas quando o faz é para arrebentar...Engraçado é que eu tenho pensado muito na chuva ultimamente...Os trovões me lembram aquele sentimento abafado dentro do peito que finalmente se faz ouvir...essa ânsia abafada do outro que um dia faz chover, destilando gotas de amor...
Beijos

Luana Barcelos

poemasavulsos disse...

Breve e marcante.
Utilizou-se de metáforas bem interessantes:
"Mas a noite inaugurava trovões no peito, os fazendo explodir mutualmente no mesmo compasso."

E gostei bastante da estrutura e do design do blog. Muito bem feito.

Abraços do @poemasavulsos.