Ouvia-se o barulho reluzente lá do lado de fora. A chuva caindo naquela noite, espetáculo e platéia. Embasavam no vidro as saudades, as sequidões, clarões no céu. Amando-se um ao outro. Anunciavam que o Amor é imensidão de duas almas em uma só. Impulsionava, insuflava em seus pulmões o ar precocemente aprisionado nas esquinas e ruas de outras paixões. Os fazendo revestir noutro dia manhãs de céu azul. Mas a noite inaugurava trovões no peito, os fazendo explodir mutualmente no mesmo compasso. Por querer sair do casulo das lonjuras e tecer águas-oceanos de você-em-mim. Ele simplifica e juntos somam. Imundam-se, anseiam-se um ao outro, deseja-se o outro ser-em-nós a plenitude de gozo e glória.
(Fernanda Fraga)
4 comentários:
Caramba!
Amo chuva!
Tudo dela me faz um bem enorme,
Adoreiiiiiiiiiiiiiii
Bjkasssssssssss
Oi querida, te achei no blogosfera. Estou seguindo, segue lá;:
http://simpleseeinefavel.blogspot.com/
Fê, você demora a escrever, mas quando o faz é para arrebentar...Engraçado é que eu tenho pensado muito na chuva ultimamente...Os trovões me lembram aquele sentimento abafado dentro do peito que finalmente se faz ouvir...essa ânsia abafada do outro que um dia faz chover, destilando gotas de amor...
Beijos
Luana Barcelos
Breve e marcante.
Utilizou-se de metáforas bem interessantes:
"Mas a noite inaugurava trovões no peito, os fazendo explodir mutualmente no mesmo compasso."
E gostei bastante da estrutura e do design do blog. Muito bem feito.
Abraços do @poemasavulsos.
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