segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Do Eterno...

Pois o cair da noite, por si só, nos guarda na memória, 
Vibram na acústica inócua da alma, onde meus onténs somam a ti.
Amei, como nunca havia amado; e é como se a porta abrisse 
E o escuro céu sumisse feito vento manso, afinal,
Quantos não sabem ou veem, o possível habitar dentro do outro? 
Em mim te encontro e me permito a pausa para os arrepios;
Posso sentir o peso dos beijos nos ombros subir até minha nuca,
Como se houvesse um segundo, esquecido pelo tempo, para nós.
Não cogitei a possibilidade da lágrima, esta orla enfeitada nos olhos,
Que deixei repousar em tuas mãos enquanto eu te alcançava. 
Não volte para me roubar, levar o que guardei das nossas histórias,
Ninguém chegou tão perto, sem ser teu peito, a sentir meu coração,
Tão pleno pulsando. Como você encontrou coragem de ir?
O fremir do tempo convoca teus espaços, 
Pois minha saudade não é do seu agora, 
Nem dos gestos anunciando os labirintos propostos,
Mas de um passado tão presente; do seu queixo quadrado;
De suas confissões precipitando a distância
Subverto assim destemida, tão cautelosa.
Urgente.
Uma eternidade para nosso amor.

(Fernanda Fraga & Cáh Morandi)


6 comentários:

Poeta da Colina disse...

Algumas vezes para alcançar um sentir precisamos estar na outra direção.

wcastanheira disse...

Um belo texto, gostei de tentar interpretar cada momento q vc oferece a quem lê, pra vc bjos, bjos e bjosssss

Anônimo disse...

Fernanda, não conhecia seu trabalho, encontrei seu blgo no da Cáh Morandi, adorei a parceria de você. Seu jeito de escrever lembra Cecília Meireles, Manoel de Barros, Florbela. Parabéns pela parceria das duas, e que venha muitas.

Beijo.



Gabriela Freitas disse...

Adorei essa parceria, ficou um poema encantador.
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Estou disponibilizando alguns layouts que faço de graça, aproveite.
Layouts free

Erica de Paula disse...

Lindo Flor!!

Tudo por aqui é intenso e doce<3

Bjos!

Lê Fernands disse...

passado presente atende pelo nome de saudade.


=)

lindo.
bj meu