sábado, 22 de outubro de 2011

Ancorar o Sagrado...


Creio numa distância demarcada geograficamente. Mas elas declamam e se unem por fusos horizontonais: alma e corpo. Desbravar o Sagrado e entender que o amava, mas amava o que ainda ama sem o ter. Talvez uma forma redentora de distrair a Alma, usamos alguns meios de prosseguir o rumo, remar frente as tempestades que os “outros”, aqueles “outros” nos fizeram ilhar por entre os vendavais e naufrágios de suas próprias desistências.
Uma pesada desconfiguração lapidadas por cristais de vidros transparentes, que (eu) ousei tocá-los com as gotas da poesia. E me assentava lá naquele banco, onde já avistava seu pôr do sol. Partir nessa lonjura de se chegar a esse arquipélago, remando o barco onde se permite que o hoje sopre as brisas de Você. Âncoras lançadas ao mar, de renovações e encontros.
É exaustivo e o cansaço em ser velejante de arquipélagos de chegar as possibilidades do que realmente me reintera, são as desistências. Aquele que decidiu navegar comigo até a linha de chegada como quem canta as glórias e os seus fracassos, pode tentar enxergar a prevalência do que pode vir a ser: o algodão doce, minhas poesias, por sobre os pincéis de suas palavras. E eu percebo ainda que os que desistem de nós são fraquejados pelas circunstâncias, não conseguem segurar a "barra". Os vemos escorrer, escapar o que no tempo, não permanece.
Assim versando o infinito das minhas palavras e suas entrelinhas, reconheço as regras de se chegar juntos a esse encontro. Passo a dar lugar não ao que deve ser útil, nem ao que prende, mas que no Amor me transforma. Percebo ainda das inúmeras vezes que naveguei pensando que o outro também estivesse fundamentando nisso e pareceu decidir ser âncora, aliança, ser poesia, ser Amor.
Fui golpeada pelos escorregões das gotas das chuvas que instabilizaram meus pés, meus braços e deixaram meu navio inseguro. Então, é quando eu percebo que o outro já desistiu de mim há muito tempo e eu já percorria sozinha. Remou o barco um certo tempo e depois deixou-me à deriva. É o que mais dói encontrar-se solta, descobrir ao virar o rosto e ver seu navio já vazio. Machucada com alguns hematomas e arranhões, mas inteira.

(Fernanda Fraga)

PS.: Imagens do Google, sem site específico

Um comentário:

Gisele Braga disse...

Olá Fê, vim aqui agradecer sua
visitinha no meu blog, passei um bom tempo sem entrar. Saudades daquii, continua tudo lindo, como sempre!

Obrigada pelo carinho!
Beijos e fique com Deus*