O verso
escrito,
Tem no
risco os teus reinos;
Toda
beleza pinçada.
São
pássaros distraídos
A
tomarem formas
percorrem
primaveras
Lugar de
aderências
s u a v e s
falhas,
declives,
vãos;
Um rosto
pintado à mão
A
despedaçar imperfeito
ao feito
que
envasa
aos
possíveis e silenciosos reflexos
que
douram a infinitude.
Longe e
incerta
Úmida de
nós.
Por isso
custa-nos ser
p r o m e s s a
Custa-nos
ser herdeiros do próprio jardim
Espetáculo
a aliviar dos enganos
Pétala
solar que deambule milagres
Uma
dimensão mágica
A se
fazer colorida,
hábil de
sabores
das
esquinas que não nos
e(namoram).
Sob
alquimia desses imaginários
O papel
desdobra-nos
Aquém de
aguçadas singelezas
Carecem
de coleções
que
celebrem-nos
De
aragens dignas aos teus pés.
As
letras, elas próprias
Habitam
os teus frutos.
(Fernanda Fraga)
*Imagem
desconheço autoria.
Um comentário:
Fêfê, tuas palavras colorem o meu amanhã. Na tua poesia, não importa o dia ou a hora, o pôr-do-sol é sempre mais alaranjado. Tua voz, impressa no poema, desenha verdades sobre mim que jamais suspeitei conhecer.
Te quero um bem que só a poesia conhece.
Te abraço.
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