Há alguns dias coisas estranhas vem acontecendo.. E eu poderia fazer de conta que não li, e ignorar. Já fiz isso na vida, muitas vezes. Mas limites somos nós quem colocamos, nem tudo pode ser permitido. Não poderia deixar passar isso em branco. Não mesmo. E é para você que vem rondando meu blog por aí e comentando anonimamente como se fosse o dono(a) da verdade, como se o que eu escrevo estivesse destruindo alguém, como se me conhecesse, como se um blog fosse o suficiente para montar e julgar os escritos de uma pessoa. Ei, não sou escritora. Eu sou apenas uma amadora das palavras. A título de curiosidade, não comecei a escrever da noite para o dia. Tudo foi acontecendo naturalmente nos pueris dos meus 13 anos, hoje tenho 27. Foi um bordado bonito e despretensioso que a Poesia teceu em mim, cada dia um pouquinho. Gosto de ver o deambular das letras e ouvir o som das palavras. Eu as escrevo também como quem dedilha um piano, decifrando notas musicais (...) E apuro também, assim como um corpo em movimento, arpejando andante em minh´alma o que na do outro já escapou. Eu não escolhi, não decidi escrever, não desejei isso, aconteceu. E se estou ou não falando muito de dor, amor não correspondido. Não importa, mas eu sei e sinto dentro de mim que meus textos e poemas estão naturalmente se renascendo da dor.
Portanto, leia outros blogs se não gosta do que escrevo, tente VOCÊ escrever do jeito que gosta. Porque eu não escrevo por encomendas, não escrevo pela vontade dos outros, e nem tampouco pra sua. Eu escrevo pela vontade dela, da inspiração. E os gerúndios? Faça você, a sua conjugação. Eu acredito no Amor sim. Acredito nos teares da humildade, das permissões das mãos que podem curar-se, e volto a dizer; poque o tal Amor também já é cura, mesmo sendo também dor.
E quanto ao que você imagina de mim, deduz; suspeita de mim. Eu sinto muito. Muito mesmo. Eu não permito tais imaginações.
Encontrei ontem um trecho de uma pregação de Pe Fábio de Melo e diz:
“Você? Você sabe quem é você. Agora eu pergunto: o que você está fazendo do que você sabe do que você é? Porque uma coisa é a gente saber o que a gente é. Outra coisa é a gente saber o que a gente está fazendo com o que a gente é. E pior, o que a gente está deixando com que o outro faça de nós. Porque tem muita gente imaginando você. Muita gente me imagina. EU SEI QUEM EU SOU. E não tenho direito de me transformar na imaginação do outro, porque pode ser que o outro, esteja me imaginando totalmente diferente do que Deus me FEZ. E entre o que Deus me fez e o que o outro me imagina, eu ainda prefiro ficar com o que Deus fez.”
(Fernanda Fraga)