sábado, 26 de janeiro de 2013

Dos Afagos...

E aquele labirinto remontador de lembranças, um desenrolar de olhares timbrado em mim. Algumas cicatrizes ardendo ainda. Mas por trás dos meus cabelos, solto todos os afagos. Que é o cuidar mais sacramental, mais solitário, mas sisudo que podemos fazer enquanto tecemos curativos; enquanto aspergimos carinhos, palavras coloridas e macias pr´alma, mas pra nossa.
                                     (Fernanda Fraga, 6 de Janeiro de 2013)

weheartit

(...)“Uma benção receber amor. Mas quando a gente dói, a gente precisa saber formas de cuidar da própria dor com o jeito carinhoso com que gostaríamos de ser cuidados pelos outros, com a delicadeza com que cuidamos de outras pessoas. A gente precisa se ter, antes de tudo. O beijo precisa começar em nós.” (Ana Jácomo)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Cabe o que for Amor...


Um poema meu, na voz da Cáh Morandi:

 Blog da Cáh Morandi:

http://carinemorandi.blogspot.com.br/

(Fernanda Fraga)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Das paisagens de mim.

A dor às vezes pesa um pouco, o olhar salteia as lonjuras desdobradas das paisagens da pele e principia o não caber das planícies arranhadas, todas dentro de si. Mas as bênçãos veem, veem pra ressignificar infinitos, fotografar a gênese do abençoado e o que carece de encontros. E do outro lado do reflexo sou eu, que vez quando se refugia dentro das belezas simples, pra beber um cálice do Sol e estreitar horizontes. Eu e esses caminhos, orvalhado de girassóis, hóspede de todos os vocabulários, de ser eu - e poetizar os outros. Enquanto a alegria se apressa no seu tempo e se revela por sobre a obra perene de cada letra do teu nome. Retiro as poeiras do chão, me sento e te olho e sinto o sabor. Vou descansar meus olhos em coisas delicadas, afinal quando as palavras nos pedem colo, o silêncio na ótica das imagens faz-se casa para abrigar sentimentos. (Fernanda Fraga, 17/01/2013)



OBS.: Imagens do arquivo pessoal cedidas gentilmente com Lucas Barros, registros de um circuito em Serro, Diamantina–MG e Milho Verde. Exceto o girassol.
Imagem do Girassol do weheartit

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Arquipélago...



Navega nos olhos menina, mareja que alma alegrada dos encontros desse Mar, se enamora.
Se deita, se banha, se ergue, corre riscos – em teu nome. E fecunda infinita defronte tua contemplação.
(Fernanda Fraga)

Imagens: Weheartit

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Das possibilidades...


Temos um Querer inesgotável enquanto somos palavra. Enquanto somos possibilidades. Enquanto o que já não sobrevive, (re)vive naquela felicidade crescida; pontuada, destilada; dentro e fora de toda Poesia.

(Fernanda Fraga, 27/12/2012)


PS.:  Imagens do Google, não encontrei o site específico dessa imagem.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Pra se querer bem...

Somos o azul que a Vida brota nos pingos d’ água e respinga na pele o perfume de todos os versos e verbos pra se querer bem. (Fernanda Fraga)


PS.: Imagens do Google, sem site específico

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Atemporal...


[...] Eu fico me doendo de saudades quando sua chegada demora. Me pego revirando as fotos dos dias perfeitos, relendo meus cadernos recheados de frases de amor, remoendo a angústia dessa hora que não se compadece de mim e corta meu peito segundo após segundo, anunciando que você não está, que sua vinda ainda se adia. Eu me encho de esperança quando sinto que você está vindo. Tudo me diz que você chega logo, os ventos sussurram seus passos, as flores apontam os caminhos que trazem você pros meus braços.
Tudo me conta de você, tudo me apreende, toda canção tem um Querer nosso. Tudo se desdobra a nossa frente, nas beiradas e sem esforço como se a brisa nos trouxesse o perfume pra enfeitar ainda mais os versos, inaugurando dentro de nós tantos jardins, tantas cores, querendo um ao outro se contemplar. E sempre que a gente se guarda -  se aguarda, nesse acesso ilimitado de nos apercebermos nesses detalhes; nos escolhermos, por um bem maior. O Amor fica tão leve, encaixa os passos, inspira Gratidão.
E mesmo que os espinhos e todos os desvios existirão. Mesmo que muitas águas formarão Ilhas em nossos pensamentos, eu te acolho, floreio, como uma forma de me ater pra ouvir melhor o ressoar das letras e os raios de Sol, que sei, são como um riso manso que Deus lança em nossos cílios, enquanto eles fotografam o Amor, enquanto ninguém nos vê.
E eu me desespero quando tenho você, porque o que eu sinto é tão intenso e transborda tanto que tenho medo de te sufocar, de te assustar com o meu exagero que não economiza sentimentos, que não sabe amar em pequenas doses. Não me caibo e impregna em mim aquela palavra que a gente ganha de(morando), um dentro do outro.
(Fernanda Fraga & Wendel Valadares)