Como Eu Te Queria Inventar
De quando minha pupila dilatava
Tu bordaste em linha musicada
E meus olhos e teus olhos repetindo:
Chegastes como eu te queria inventar.
Mas não era só esse Crepúsculo
Faltavam tuas Fermatas purificadas
Tuas mãos ornando Flores
Teu riso prolongando o esboço da minha boca
Teus beijos afagando o corpo meu.
Teus versos me enamorando
Nas madrugadas das Minas Gerais.
Era um ensejo arqueado de nossos abraços
Enquanto minha alma descansava ali, pele a pele.
Por sob teu perfume com aroma de Eternidade
Da nossa inocência passageira, à espera do que há de vir.
Nossos poros, na pureza de tão grande, Florescia...
Mas se o verso beijar teus lábios agora.
Sou eu: procurando-te!
(Por Fernanda F. Fraga)