Deixa-me
ouvir estes versos
Tecidos
entre os regados dos pés de maracujá
A
vazar-se nos candelabros
Nos
feixes murmurantes, dos teus
olhos de infinito.
Por
sob a maresia que perdura o teu espaço,
E
silencia em todo o vão,
E
descarrilam-me arraigados
Para
habitar-se no oceano e nas persianas do céu.
E
inevitavelmente transitam
entre
as conchas de tuas demoras
Tuas
horas vislumbrando o tempo.
Uma
saudade sem ter cais,
Um barco
sem o teu porto.
Essa
exatidão onde verso falta tua.
Essência
que desafogou os medos
Fragrância
a se deslizar na pele das minhas mãos
Enquanto
cultivo rimas para os teus dias.
Ponte
tecelã a desenhar,
a
geografia dos teus passos.
(Fernanda Fraga)
Imagem:
Beatriz Martin Vidal.