Estou traçando no grafite um
Bemol
à beira dessa Bossa Nova.
Teu sorriso de versões
Sustenidas.
Nuvem prateada, aurora minha
Riso boreal.
Lá fora descortinas nas
matizes
O crepitar macio da
caligrafia
Estrelas em espirais
Esferas reluzindo
E escrevo-te, redigo-te:
Esse Porto tem seu nome!
Salpico uma brisa leve
a entrecortar os teus
ombros,
Arpejo a tecla, a ponta do
cirros
Faça-te então morada,
caminho,
E todas as bonitas coisas
Fagulhadas nos teus passos e
nas cores,
Uma linha quase transparente,
Que só o bem-querer nos destina,
E o afeto alcança.
(Fernanda Fraga, 27/08/2013)
Um comentário:
Sensível. Doce. Intenso. Paradoxal. Simples.
Lindo Fêfê, como tudo por aqui!
Um beijo
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