sábado, 31 de agosto de 2013

Aurora Boreal em Bossa Nova


Estou traçando no grafite um Bemol
à beira dessa Bossa Nova.
Teu sorriso de versões Sustenidas.
Nuvem prateada, aurora minha
Riso boreal.
Lá fora descortinas nas matizes
O crepitar macio da caligrafia
Estrelas em espirais
Esferas reluzindo
E escrevo-te, redigo-te:
Esse Porto tem seu nome!
Salpico uma brisa leve
a entrecortar os teus ombros,
Arpejo a tecla, a ponta do cirros
Faça-te então morada, caminho,
E todas as bonitas coisas
Fagulhadas nos teus passos e nas cores,
Uma linha quase transparente,
Que só o bem-querer nos destina,
E o afeto alcança.
(Fernanda Fraga, 27/08/2013)

“Algum dia, o poder será dado à ternura”. (Rubem Alves)

Um comentário:

Wendel Valadares disse...

Sensível. Doce. Intenso. Paradoxal. Simples.

Lindo Fêfê, como tudo por aqui!

Um beijo