manto d´água, pronto pra desaguar?
Como não sangrar? Como não ver-se fragmentado
nesse mesmo calendário que condena,
que nos limita, e nos põe sempre inteiros um
do outro?
Que dispensa a forma, a querência,
as extensões noturnas, lençóis e a própria travessia?
Aquele olhar se desviando, mas que ainda
ver-se
nas íris dos reflexos alheios?
Como caminhar de mãos abertas, se com elas
querendo ou não, os lábios da Poesia sempre
nos unem?
Meus dias ardem, mas não me amarguram,
Meu verbo se desfaz, enquanto anuncio,
enquanto fomos.
Te apercebo abrigado em alguma história
incompleta
Eu era apenas um abraço a querer morar
contigo,
Sozinha – sou porto de nós.
Um verso assim sem nome, em dias azuis,
Entre aquele beijo silenciado,
Omitido em uma estrofe qualquer.
(Fernanda
Fraga, 09/05/2013)
*Imagem do Google, site específico da imagem não encontrado
*Imagem do Google, site específico da imagem não encontrado
11 comentários:
"Como não sangrar? Como não ver-se fragmentado
nesse mesmo calendário que condena,
que nos limita, e nos põe sempre inteiros um do outro?"
Lindo, lindo...
Que sensibilidade e autencidade.
Muito boa sua escrita e o poema.
Gostei muito, parabéns.
http://gabipuppe.blogspot.com.br/
Amor banhado a sensibilidade. Como não se aninhar e se proteger em meio à esse abrigo ditado nas palavras, à esse encanto vestido por letras tão embebidas com sentimento autêntico e verdade?
Palavras que lustram o coração. De tão lindas...
Lindo Fer!!!
Beijo!!
Oi Fernanda, quantas palavras bonitas... muito leve de ler, gostei :)
Amor e sensibilidade andam juntos.
Lindo!
Beijos
De todas as esperas que sofremos, acredito que a maior delas seja pela reciprocidade. Beijos.
Muito bonito, Fernanda! Terno, verdadeiro e com um ótimo uso das palavras!
[]s
Uma das maiores belezas do amor esta em ser tão generoso. Lindo Fernanda! Beijo.
Amei.. O mar sempre nos inspira!
Fernanda, sua sensibilidade me assusta e me apaixona ao mesmo tempo... Lindo demais.
Ancorar sentimentos é perigoso e necessário.
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