domingo, 2 de agosto de 2015
- Pedido!
Não cabe julgarmos o presente, a expressão do corpo. Porque nada sabemos, guarda-se o estado, a textura o que mora dentro. As cores, as cinzas. E por se preencherem de excessos de saberes, não as assimilam. Perdem o novelo da linha, a própria verdade. Não sabem de estrelas, astros, da lógica, da mística da vida; da quântica, da homeopatia das ternuras. Do mágico, do poeta. Nem do manual que florescem todas as sementes: que é a cura de todo mal. Por serem pretensiosos, não sabem das estações, da aridez das fibras, nem da umidade dos olhos. Menos ainda das afinidades do Sagrado em nós. São detalhes que percorrem o céu e terra, norte e sul.
À beira de teses pautam e maldizem como se nosso olhar fosse diminuto, pequeno a Ele. Quais seriam suas filosofias de alcançarem a ótica em desabrigar dores, se a si mesmos não transcendem? São como qualquer peça arrogante a apontarem calos alheios, sem conhecerem nossos passos. Jamais saberão do sublime milagre pousados nas mãos. Tão pouco do vendavais ou levezas que nos habitam.
Com pés no chão suspeito que sensibilidade é a raiz que enfeita, sustenta, perfuma e nos põe para além do tátil, da via, do instrumento. Vai além da abstração.
(Fernanda Fraga, 01 de agosto, 2015, Montes Claros - MG)
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