segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Um olhar, longo de horas...

Dilato aquela cor úmida
A estrada de abismos,
E nos pés Claves,
aguadas de encantamentos,
Teu corpo no poema
Letral de pedra oculta, sulcada;
Quase já não sei de ti
Que fosse o perfume
A vestirem sobre o teu Sol,
Que fossem as areias temperando nossos mares,
Que fossem tácitos os dias,
ébrios para endivinarem o fio
Que quase tocam o boca.

Ocupo-me por essas versões inteiras
Encostadas ao cair da tarde
Porque quero haver o fluxo azul
De um sombreado à caminho
Um olhar, longo de horas
Para abastecer líquidas as mãos
Sobre o mapa.

(Fernanda Fraga, Botumirim – MG, Maio de 2009, *um dia frio e longe, bem longe de casa 

*Imagem do Google, não encontrado a autoria real da imagem, caso saibam enviam-me para fazer a creditação.   

5 comentários:

  1. Ocupo-me das saudades que sobrevoam o caminho!!!

    Lindo demais, Fernanda!!

    Beijos lindona!!^^

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  2. Lindo seu texto Fernanda...Parabéns!

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  3. Quem sabe uma estrela ainda saiba o caminho.

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  4. Fêfê, minha flor de Minas

    que poema mais lindo e cheio de encantos.

    Espero que alguma coisa muita linda e azul e calma lhe abrace com toda a delicadeza e generosidade que você merece.

    Um beijo.

    Te quero tanto bem!!!!

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