Dilato aquela cor úmida
A estrada de abismos,
E nos pés Claves,
aguadas de encantamentos,
Teu corpo no poema
Letral de pedra oculta, sulcada;
Quase já não sei de ti
Que fosse o perfume
A vestirem sobre o teu Sol,
Que fossem as areias temperando nossos
mares,
Que fossem tácitos os dias,
ébrios para endivinarem o fio
Que quase tocam o boca.
Ocupo-me por essas versões inteiras
Encostadas ao cair da tarde
Porque quero haver o fluxo azul
De um sombreado à caminho
Um olhar, longo de horas
Para abastecer líquidas as mãos
Sobre o mapa.
(Fernanda Fraga, Botumirim – MG, Maio de 2009, *um dia
frio e longe, bem longe de casa)
*Imagem do Google, não
encontrado a autoria real da imagem, caso saibam enviam-me para fazer a
creditação.