A dor às vezes pesa um
pouco, o olhar salteia as lonjuras desdobradas das paisagens da pele e
principia o não caber das planícies arranhadas, todas dentro de si. Mas as
bênçãos veem, veem pra ressignificar infinitos, fotografar a gênese do abençoado
e o que carece de encontros. E do outro lado do reflexo sou eu, que vez quando se
refugia dentro das belezas simples, pra beber um cálice do Sol e estreitar
horizontes. Eu e esses caminhos, orvalhado de girassóis, hóspede de todos os
vocabulários, de ser eu - e poetizar os outros. Enquanto a alegria se apressa
no seu tempo e se revela por sobre a obra perene de cada letra do teu nome. Retiro
as poeiras do chão, me sento e te olho e sinto o sabor. Vou descansar meus
olhos em coisas delicadas, afinal quando as palavras nos pedem colo, o silêncio
na ótica das imagens faz-se casa para abrigar sentimentos. (Fernanda Fraga, 17/01/2013)
OBS.: Imagens do arquivo pessoal cedidas gentilmente com Lucas Barros, registros de um
circuito em Serro, Diamantina–MG e Milho Verde. Exceto o girassol.
Imagem do Girassol do weheartit
E as casas que abrigam os sentimentos estão sempre iluminadas... Adorei a delicadeza e profundidade do texto.
ResponderExcluirUm abraço e lindar tarde!!!
Fernanda,
ResponderExcluirAdmirar a beleza que se esplende para nós, de fora, talvez consiga fazer ecoar aquela outra, de dentro, que é gênese de toda poesia.
Um abraço!
Um texto metaforizado de forma bonita... o coração é sempre nossa maior morada.
ResponderExcluirUm Beijo!
É uma delicia ler-te... adorei!
ResponderExcluirBeijos,
AL