segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Pra desmanchar o que ainda te dói...


Por isso quando a respiração ficar rápida demais – atente em inspirar arqueando o tórax.
Pra durar mais o frescor do eucalipto a ser aspergir nos álveolos de sua alma.
Qualquer coisa simples pra mobilizar os suspiros e desmanchar o que ainda te dói.
Pois nesse artesanato de dores, lágrimas e desencontros fica aquele sei lá do quê, de um ar contrito no peito, mas que de alguma forma dava pra ver por destrás das névoas, alguns remos; uma tentavia qualquer no nau dos olhos míopes.
Mas e aí? Requer então, uma demora por todas as míudezas de nós mesmos. E que se revele nas linhas, nos espelhos intercostais em tentar desamar; mesmo quando delas somos avesso e o próprio encontro. Um instante aqui pra costurar um harém dos contos estraçalhados. Porque o Amor é na verdade o olhar pelos subúrbios de si no outro, pra alumiar os assombros de seus próprios breus.

(Fernanda Fraga)

9 comentários:

  1. Sim, também acredito que o amor alumia os assombros de seus próprios breus...lindo, beijim

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  2. A luz que ainda guia para casa.

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  3. O amor nos limpa de tudo, é leve e puro! Seu texto ta lindo, Fernanda. (:


    Beijos,
    http://eppifania.blogspot.com.br/

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  4. lindo Fernanda esse esboçar das palavras em verso prosa

    beijo

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  5. Fer,

    Nesse caso o tempo é o maior predominador das coisas. Ele define o que vai acontecer, como e com quem. A dor passa, a alegria vem e esse é um ciclo interminável. Desejo a você todas as felicidades possiveis, porque você merece.

    Um grande beijo,


    Pedro Menuchelli

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  6. O amor nos devolve a nós mesmos.
    Bjos

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