Nunca te chamei de Pedro,
Mas poetizei com sílabas doces
A afinação das notas por onde fostes.
Então, orquestrei o medo.
E assim fui...
Regendo teu nome nos dedos das mãos
Contemplei teus olhos, por todos os versos
Gritei! Mas veio Mateus e João!
E assim vou...
Por sobre a chuva, Rafael me leva.
Passeio com ele e contemplamos o sol.
É certa minha vinda, e aqui estou.
Nunca te chamei de Paulo.
Mas decerto teu nome deságua ao vento
E simplificas a sinfonia e a este sentimento
E assim fui...
Dissipando flechas num único olhar
Abracei teu mundo, colhi tuas frutas
Das acácias, veio Bruno e Lucas.
E assim vou...
Com meu navio, Gabriel veleja
Guiando amores nos lençóis de areia
Disse-me: Até breve, pois o anjo voou!
Nunca o chamei: de nome algum
Mas ocultei de certas letras
A este marasmo que o separa e o trás.
E assim, orquestro teu mundo.
Buscando por tão-somente um sorriso teu.
Afino por entre os dedos
A mais bela nota: Romeu!
(Fernanda Fraga, 18 de Fevereiro de 2004)
O amor não sabe conjugar tempo...
ResponderExcluirBjos