Creio numa distância demarcada geograficamente. Mas elas declamam e se unem por fusos horizontonais: alma e corpo. Desbravar o Sagrado e entender que o amava, mas amava o que ainda ama sem o ter. Talvez uma forma redentora de distrair a Alma, usamos alguns meios de prosseguir o rumo, remar frente as tempestades que os “outros”, aqueles “outros” nos fizeram ilhar por entre os vendavais e naufrágios de suas próprias desistências.
Uma pesada desconfiguração lapidadas por cristais de vidros transparentes, que (eu) ousei tocá-los com as gotas da poesia. E me assentava lá naquele banco, onde já avistava seu pôr do sol. Partir nessa lonjura de se chegar a esse arquipélago, remando o barco onde se permite que o hoje sopre as brisas de Você. Âncoras lançadas ao mar, de renovações e encontros.
É exaustivo e o cansaço em ser velejante de arquipélagos de chegar as possibilidades do que realmente me reintera, são as desistências. Aquele que decidiu navegar comigo até a linha de chegada como quem canta as glórias e os seus fracassos, pode tentar enxergar a prevalência do que pode vir a ser: o algodão doce, minhas poesias, por sobre os pincéis de suas palavras. E eu percebo ainda que os que desistem de nós são fraquejados pelas circunstâncias, não conseguem segurar a "barra". Os vemos escorrer, escapar o que no tempo, não permanece.
Assim versando o infinito das minhas palavras e suas entrelinhas, reconheço as regras de se chegar juntos a esse encontro. Passo a dar lugar não ao que deve ser útil, nem ao que prende, mas que no Amor me transforma. Percebo ainda das inúmeras vezes que naveguei pensando que o outro também estivesse fundamentando nisso e pareceu decidir ser âncora, aliança, ser poesia, ser Amor.
Fui golpeada pelos escorregões das gotas das chuvas que instabilizaram meus pés, meus braços e deixaram meu navio inseguro. Então, é quando eu percebo que o outro já desistiu de mim há muito tempo e eu já percorria sozinha. Remou o barco um certo tempo e depois deixou-me à deriva. É o que mais dói encontrar-se solta, descobrir ao virar o rosto e ver seu navio já vazio. Machucada com alguns hematomas e arranhões, mas inteira.
(Fernanda Fraga)
Olá Fê, vim aqui agradecer sua
ResponderExcluirvisitinha no meu blog, passei um bom tempo sem entrar. Saudades daquii, continua tudo lindo, como sempre!
Obrigada pelo carinho!
Beijos e fique com Deus*