sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Na Moldura Dela



Bordar-se-ia ela, a moça e seus trejeitos todos.
Costurava-se-ia ela panos e alinhava-se-iam seus sorrisos;
Entre os cantos das esquinas e os sorvetes saboreados na vila ao lado.
Bordar-se-ia ela, suas saudades nas linhas coloridas. Idas suas (des) encontros.
Vestia-se ela, de seus bordados de lã. Ingênua, pura. Feminil.
Alinhava-se-iam seus carretéis nas cambraias sem medidas.
Vestia-se ela, de nós dois: bordados de sua boca, novelos das manhãs de Sol.
Na moldura dela de ser.

(Fernanda F. Fraga)



P.S:  Inspirado na prosa poética: “Da Moça" da poetisa Talita Prateshttp://historiadaminhaalma.blogspot.com/2011/07/da-moca.html – Fiz um comentário dias desses lá e rendeu essas pequenas estrofes, que posteriormente finalizei.

9 comentários:

  1. Que lindo!
    Uma fofura.

    Beijos!

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  2. Como pode ser complicado construir-se.

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  3. Lindo texto!
    Imagem muito fofa!!

    Beijo

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  4. Doce, sensível, com um ponto cruz só seu de alma, na densidade mais agradável!

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  5. "Vestia-se ela, de seus bordados" e borda-se a vida com suas palavras

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  6. E como gostei, Fernanda.
    Lindo texto!
    Às vezes acho que a vida é a arte de remendar...

    Um beijo,
    fiquei muito feliz!

    Talita
    História da minha alma

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  7. Fernanda aqui é muito lindo!! Seus escritos são muito bons de ler...

    Obrigada pela visita no meu cantinho! =)

    Beijos mil =****

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