sábado, 30 de julho de 2011

Nos Sóis de suas janelas...



Quis entender essa fábula transcrita por ele. Achou saber contar as suas prosas de cor. Mas ele a tem entre seus dedos, como cordas de um violão polido a ouro cristalizado. Tão perto e tão livre. Traços de uma alegria infinda, florescente. Ela se derrete toda, rasga as muralhas que a mantinham ‘presa’ e aumenta sua sede, sua intensidade, soltando-a em aurora destemida.

Aquece seu colo com a certeza que o riso, será sempre o encontro dos laços que costuram nos sóis de suas janelas. Navega ela por suas entranhas, poros; suspiros enfeita-lírios as curvas dos seus encontros. Desenhando suas inquitações no avesso em verso semi-cromado.

Leveza de um enredo nunca antes esperado, um Crepúsculo assim descortinado. Vivia em desatinos, arranhava suas verdades e passava a temperar pausadamente suas respostas, até os seus quereres. Ela tece arranha-céus, desfolha suas eternidades, uma paz de querer bem, de querer-te sempre por perto.

Rabiscam também seus desejos, anseia colorir o hoje e os amanhãs. Delicadezas de suas fecundações, íris que você focou em sopros em minha direção, por sob uma luz em céu calmo. Um hálito quente que arrepia minha pele e atiça em desejo cedido. Redi-me a ti. Na varanda onde nosso verbo bendizendo quer Amar.


(Fernanda Fraga)

PS.: Imagem do Filme 'Querido John', retirada do Google, sem site específico.

sábado, 23 de julho de 2011

(...) Andante em minh´alma o que na sua já escapou.

Hoje meu blog completa um aninho, queria agradecer imensamente a todos os leitores e seguidores que perpassam por aqui e tiraram e tiram um minuto do seu tempo para degustar das minhas palavras, porque é preciso passos mais cautelosos, suspiros mais calmos, olhares mais ternos para lê-las, sentir-me assim tão eu, tão sua. Eu as escrevo também como quem dedilha um piano, decifrando notas musicais: Colcheias, pausas, breve; em semibreves sons. E vou apurando também assim como um corpo em movimento, arpejando andante em minh´alma o que na sua já escapou. (Fernanda Fraga)


Deixo pra vocês meus queridos nesse um ano de postagens e interações esse poema abaixo:


                                                                    

Nos Passos da Bailarina

Lá vai, doce bailarina!
Em seu compasso rápido
Alegre, andante!

Ó, bela menina!
Com sua sapatilha de ponta
A dançar passos firmes, triunfantes!

Vai doce bailarina!
A seguir minhas sinfonias
No dedilhar do piano

Bela menina
Dance a vida, bela menina!
Tudo o que vier a ser.

E lá, ela vai, sem medo!
Com sua sapatilha de ponta
Que na arte ela desponta

A seguir o dedilhar, os arpejos do piano
Alegre, andante
Nos palcos da vida.

(Fernanda Fraga)
OBS: Imagem retirada do Google, sem site específico.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Por que existe Saudade?


Essa palavra tão suave
Que comprime o peito
E corre nas hemácias
Em nós eternos mortais.

Revestidos de uma capa
Que sangra...
E ao mesmo tempo (re)vive.

Por que existe Saudade?
Este vão de Amor
Que subsistir aos laços,
Do que não é permitido
Ou talvez, do que não nos é revelado?

Por que existe Saudade?
Este sentimento que segrega a vida
E prende-nos como servos da sensatez?

Por que existe Saudade?
Este duelo que os poetas ensaiam
Entre beijos-beijados
Entre o ódio-amor e o Amor-amado?

Por que existe Saudade?
Essa sensação tão complexa
Que resume ao coração a certeza
De que certos Amores, não estão ao alcance
Não ao alcance dessas mãos; porque eu sei,
Este Amor está!
Mas é um Querer
Que é moldado da insensatez humana!

(Fernanda F. Fraga)

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Imagem: Google sem site específico.

sábado, 9 de julho de 2011

(...)Estrelas no Céu de sua boca...


Ela é Sol banhado da imensão de clareias. Claráguas fez ela em ti. Porto de encontro em farol iluminado de lonjuras. Auroras unindo pontes d´uma geleira azul perene. E nós, vamos por entre as plumas e flocos de neve, em nuvem navegante. Uma clara água que deságua por aqui. Alva alma que acalma os bandolins.
Por ser etérea de sabores untados e embebidos de Céus, e beijos feitos no caminhar. Ela ainda segrega nas pontas de seus dedos, seus afagos; que ele deixou com canelas e caramelos. Afinal, os lábios dela também se tornaram arquipélagos seus. Claras águas de ilhas e ilhéus. Um oceano infinito que se abriu desmachando arcenais de urgências ali contidas.
Ternura vertente nas águas e dunas. Uma comunhão de floreios que ambos se desmachavam um ao outro. Por entre as reticências, foram entregues; que ele a faz respirar leve e a faz sentir as estrelas no céu de sua boca.

(Fernanda F. Fraga)

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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Flor-de-lis

Uma verbena de sais caiu por aqui
Jardim de raízes de cofre dourado
Origames, digitais...
Morada de Amor sazonado
Clareira amanhecida em ti.
Lua-rosa, flor-de-lis.
Aridez dos lábios
Resquícios dos beijos e de bis.

(Fernanda F. Fraga)

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