segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A Lua em rubra cor



*Dedicada inspiração ao Eclipse da Lua.

Ela com seus olhos de pincéis alvos
Delicadamente me acompanha;
És robusta, tens trajes belos
Que servem de laços
Pra enfeitarem as pontas das Estrelas.

Teus contornos se rendem
às fissuras da Terra e do Sol.
Ela se orna aos meus olhos
Se exibe
toda e inteira
se despe...
             E a Terra gira,
                     gira,
               gira,
                   gira,
                      gira,
            
desliza,
e

r
  o
     m
         p
            e
magistralmente
com rubra cor;
Colorem os teus lábios,
Todo teu corpo é perfumado
Marejo os olhos...
A Lua se cobriu de Amor.

(Fernanda Fraga, Minas Gerais, 27 de Setembro de 2015)           
            

sábado, 12 de setembro de 2015

Sobre desistências...


Deito teu silêncio...
Que é onde sei das muitas margens
E qualquer coisa finita,
Singular – una – plural;
Confere-nos arrebatada percepção
Que corroeu-nos tanto;
Ardem-me essas intensidades todas
Essa tua sutil angulação
O feitio frágil dessas escolhas
Esse ter que buscar-te sempre pela mão
Quantos foram os nossos erros?

Quão diminuto tornou-se?
o arcabouço, rio – raiz,
O lume, a flor;
O olhar, o pássaro,
O oceano nos olhos;
O amor, as asas,
a alforria?

Choca-me tua inevitável partícula
A se desfazer bem-querer
Dos teus reais lugares.

Às vezes resistimos a somar melodias;
Ao tom do outro, a voz anunciada
Relutei: Não, ele não era o meu moço!
Vibrava uma ciranda, ainda que sempre – longe;
Era teu, ele só não sabia disso.

(Fernanda Fraga)