quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Entregues...


Não sei. Mas as esperas em nossas vidas vem se tornando cada vez mais exaustivas. O agora, em seu tempo, se tornou obra-prima inatingível. Porque eu quero a sua realidade pintada com as cores dos nossos segundos. Não queria que o cansaço viesse tomar conta de mim, o ar está ficando pouco. Afetivamente ando em pausas, não gosto desses desajustes, e não pretendo entregar os pontos como das últimas vezes. Pois outrora havia fechado as cortinas do tempo e me escondi.
Por isso meu calendário vez em quando parece findar em seus dias mais leves. Ele quer assim, untar as horas; nos seus minutos. E desde que o conheci renasce em mim girassóis, mas aquieta ainda as dúvidas, aqueles nuances nebulosos de ficar e fugir. Se és meu girassol, anseio florescer todos os dias em seu jardim.
Gosto desse compasso, dessa dança, do movimento da vida, desse palco que você me reina, que você me beija, que você me pega e abraça. Que você me poetiza, que você me tem tão sua, como nunca alguém me teve antes. Dessa leveza que você me traz. Dessas rimas tão bem encontradas. É tão bonito, me traz um ar tão puro. Uma brisa suave arrepiando minha pele todas às vezes que você chega, e descongestiona o ar.
Quero viver desses sorrisos que você me abre, me escancarar daqui, mesmo estando daí. E deslizar nossos pés nesses solos sagrados que unem chegadas. Moldar as minhas, com as suas mãos impreguinadas de nossas digitais. Enlaçando minhas pernas em seu colo assim: Corpo-a-corpo, totalmentes en-tre-gues. Amor, você quer vir junto?

(Fernanda Fraga)

PS.: Estou de volta, resolvido o problema no meu blog, fiquei sem conseguir postar. E de quebra, sou fã desses jovens aí do vídeos eles participaram das olímpiadas de Vancouver em 2010 e eu amo patinação artistíca no gelo, é uma poesia corporal inacreditavel.


sábado, 17 de setembro de 2011

Cabe...

Agora cabe é a poesia nas verdades intimidadas
Cabe tudo o que é pleno.
Sol no rosto, beijo cálido.
Felicidade pertinho, junto, bem-dentro.
Cabe agora brisas aleatórias,
Janelas abertas, limpeza de alma.
O laço de fita enfeitando suas mãos.
Cabe, cantigas, prosas e o doce-de-leite
O verso confessado
O amanhã a completar no seu agora.
Cabe os verbos e seus pronomes.
O meu infinito a preencher todo seu espaço.
Agora não cabe, as paixões.
Os venenos destrutivos, aqueles passageiros.
Agora cabe o que veio pra ficar.
Cabe o que for Amor.

(Fernanda Fraga)


PS.: Imagens do Google, sem site específico.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Brevidade...


Aquele canto preso que se solta afoito-alegre: é só pra ganhar você pra mim. Ela não teme qualquer desafino. Ela é ternura que escapa nas plumas das nuvens do céu. E repousa sem aviso prévio no seu colo. Afaga-lhe com seus lábios lentamente, como quem quer eternizar qualquer instante.
Escreve na areia seus desejos, Amor meu. Escreve vai?! Uso lápis de giz-de-cera para colorir, preencher os papéis em brancos de sua vida. Descongestiono sua rota: âncora que se fez em ti; até a mim. Brisas que se desdobram nessas folhas de desenhos costurados por palavras suas.
Ela fica a contemplar esse Sol sim, que lhe renasce por dentro. Seu olhar alcança seus territórios, deseja vencer as lonjuras, a imensidão do mar.  Rito ancorando o meu olhar que te intera. Ela é espera que derrama por entre seus dedos. Seus passos são valsativos, o vendaval  é rápido e ela vive a brevidade, dentro do seu tempo.

(Fernanda Fraga)



quinta-feira, 1 de setembro de 2011

(...) Das demoras...


E se ele demora?
Oooh... se ele demora!
Eu bordo a lua cheia.
E faço dela sua claridade, para ser silhueta minha.
(Fernanda Fraga)