sábado, 25 de dezembro de 2010

(...)"E se o verso beijar teus lábios agora. Sou eu: procurando-te!


Como Eu Te Queria Inventar

De quando minha pupila dilatava
Tu bordaste em linha musicada
E meus olhos e teus olhos repetindo:
Chegastes como eu te queria inventar.

Mas não era só esse Crepúsculo
Faltavam tuas Fermatas purificadas
Tuas mãos ornando Flores
Teu riso prolongando o esboço da minha boca
Teus beijos afagando o corpo meu.
Teus versos me enamorando
Nas madrugadas das Minas Gerais.

Era um ensejo arqueado de nossos abraços
Enquanto minha alma descansava ali, pele a pele.
Por sob teu perfume com aroma de Eternidade
Da nossa inocência passageira, à espera do que há de vir.
Nossos poros, na pureza de tão grande, Florescia...
Mas se o verso beijar teus lábios agora.
Sou eu: procurando-te!

(Por Fernanda F. Fraga)




domingo, 12 de dezembro de 2010

Amigo Secreto de Natal do Blog de Ester Uni Ver Sos. Pra quem será o presente?!


Amigo secreto do Blog Uni Ver Sos da amiga Ester. É hoje dia 12/12 vamos revelar? Quem será?

 

 Antes gostaria de agradecer a amiga Ester do Blog Uni Ver Sos http://manifesto-interno.blogspot.com/ pelo convite dessa participação, é a primeira vez que participo do amigo secreto virtual. Foi realmente uma iniciativa excelente dela, pois houve uma interação grande, há blogs que eu amei conhecer, tantas preciosidades que eu desconhecia e hoje já sigo vários blogs que ela nos apresentou, principalmente; em se tratando do blog desse amigo secreto. 

Tive que adentrar fundo em seu espaço, afinal não o conheço, e normalmente nesse mundo virtual de blogs a gente se encanta justamente não pela “carcaça”/beleza que a pessoa expõe ser ou querer ser, mas pela essência que ela expressa em cada sentimento lá contido, sim eu acredito nessas coisas, eu acredito em pessoas de essências. E que nós não devemos fugir dela, ou deixá-la escondida. 

A gente se encanta é pela alma, pelo coração do outro. É claro que num blog é muito pouco para descrever o que a pessoa realmente é ou expressa ser em suas vivências no dia – a – dia, mas nos dá uma idéia de como ela encara os sentimentos, suas verdades, seus medos, suas alegrias. Tive de ler postagens anteriores desse meu amigo secreto para tentar encontrar um presente digno a ele, sim é um homem. Um homem carregado de poesias, de arte, letras, emoções, músicas e sentimentos todos. 

Um homem cujo ofício ou vocação veio o de poetar, o de distribuir gratuitamente seus Versos de emoções. Ele é carioca, provavelmente já deve ter tocado os ventos taciturnos e alegorias que Tom Jobim nos deixou, RJ é terra de grandes poetas e músicos da história. Sem mais e nem menos, meu amigo secreto é Elcio do Blog  Verseiro: http://verseiro.blogspot.com/ E para presenteá-lo não me saía da cabeça a música: “O Sonho de uma Flauta de O Teatro Mágico, encontrei o vídeo no You Tube, que inclusive hoje dia 12/12 eles se apresentam aqui em Minas Gerais em BH com a trupe toda e eu estou aqui quase tendo um “filho” por não ter conseguindo ir prestigiá-los. Segue também o link do site oficial deles para quem não conhece fica a oportunidade de conhecer “O Teatro Mágico: http://oteatromagico.mus.br/wordpress/ . E essa música é composta por eles e será meu presente para Elcio, é uma letra poética do começo ao fim espero que você goste Elcio.   “O Sonho de Uma Flauta” (De O Teatro Mágico):





Caro Elcio, foi um grande presente ter tirado você, agora o tenho entre meus blogs que visitarei sempre, para poder colher o que de mais belo tens em sua essência. Como diz a letra da música:  
“Borboleta parece flor. Que o vento tirou pra dançar. 
Flor parece a gente. Pois somos semnte do que aind virá. 
(...) “Tem riso que parece choro. Tem choro que é por alegria. 
Tem dia que parece noite. E a tristeza parece poeisa” (...)
Feliz Natal e um prospero ano novo!! 


terça-feira, 30 de novembro de 2010

Abraça-me em lençóis sem despedida. Eu - poesia enamorada!




Eu – Poesia Enamorada
                                           

Ó chuva, me molha
Caí como lágrima
De uma Saudade devaneia!

Se tu me anseias
Mergulho, insíguo em tuas águas
Transfigurada por esse Querer

Vou pincelando
Nos grãos de areia
A lua e os contornos do Sol
Para tua face sempre ver.

Afago-me...
Por sobre um alabastro sólido,
Translúcido em gotas!

E se tu me abrigas
Me plenifico em tua morada.
Ó chuva me lave, me molha.

Abraça-me em lençóis sem despedida.
Eu – poesia enamorada!



(Por Fernanda F. Fraga)


 

domingo, 28 de novembro de 2010

Partituras suas beijando nuvens coloridas e centelhas minhas soltas aí em seu peito.


“Minha alma é uma orquestra oculta; não sei em que instrumentos tange e range, (...) dentro de mim. Só me conheço como sinfonia” (Fernando Pessoa).

 

Pedaços de cristais soltavam pelas labaredas. Fluida música orvalhada. Lá, bem lá no meu céu dos jardins aqui exaltados. Montanhas, arbustos e toda uma sinfonia de notas, de partituras imaginárias. Eram águas de um oceano inavegável. Fascinante. Turbulento. Sons, notas de ventura e contentamento. Viam finas gotas de chuva para receber com frescor aquela tarde de Sonatinas. Uma silente completude de flor pura.

Ela ficava marcando aqueles compassos com seus trejeitos, com sua delicadeza, com o corpo todo. Ouvia sons musicais, harpas, cordas vibrantes, sons de violinos. Eles arpejavam e sussurravam colcheias, semicolcheias ao pé do seu ouvido.

Uma orquestra que visitava seus sentidos, seus afetos, seus poros, suas hemácias. Talvez fosse o canto de anjos, cânticos de pureza. E cada detalhe de sua alma era preenchido por essas partituras. Saltitavam em seus tímpanos uma verdadeira sinfonia de fluxos, lágrimas e nostalgias. 

Era uma fenda que o Alto se abria para compor aqueles dias tristonhos que ela parecera está. O Alto se encarregava, os anjos encarregavam de nutri-la, de regê-la com suas pequenas mãos, eram uma redoma que se fazia ali, em cada encontro, naquela Peça musical que era ouvida por ela. 

Foi um trunfo, nunca antes experimentado. Em poucos instantes sua alma era persuadida por um minúsculo espaço seu aqui incinerando o peito. Agudeza de sons. Uma fenda aberta que se propagava naquelas gotas minhas ali impregnadas de claves, bemóis, sustenidos. Partituras suas beijando nuvens coloridas e centelhas minhas soltas aí em seu peito. 

(Por Fernanda F. Fraga)  

  OBS:  Desculpem minha ausência quase um mês sem postar nada aqui, estava seca de palavras, de inspiração. E confesso que o texto sem eu perceber foi inspirado em sons de violino, pois fiquei e estou há uma semana ouvindo nitidamente sons de vários de violinos, violoncelos ao pé do ouvido mesmo. Não é a todo tempo, são sons que ficam cerca de segundos e passa, em relance. Como diz uma amiga minha esses dias no celular:  "pode mandar te internar", kkkkkk... Mas em contrapartida outra amiga me disse: "seu caso não é de enternar não  Fé, é  só Amor". Prefiro essa opção, kkkkk... Ouçam e vejam o link de uma música de Coldplay que amo: Viva La Vida http://www.youtube.com/watch?v=UTU1csGJ4lI


domingo, 31 de outubro de 2010

(...)"Porque já cansou de ser presença esquecida, ignorada"(...).


Ela deseja ardentemente ser ausência agora, pode ser uma ausência qualquer. Nesse rosto desenhado de ternuras e finitudes. Nessa voz serena e cheia de verborragias. Carrega em si uma agonia tão desmedida. Um nó na garganta. Um amor recolhido, onde ele a reprimi para não dizer a verdade dela. É uma fuga, um desassossego, é tecer linhas de novelo no escuro. 

Ela já não compreende mais essas provocações e de ser apenas convidada para fazer parte das alegrias dele. Ora por ele lhe procurar para dizer que está com saudade da outra, ou ora por ele está feliz por ter passado o fim de semana com ela. Procurando-a só pra esses desabafos.

Ecoando canções de um verão qualquer, espera-se que teu semblante retorne a ser um pedaço do céu, e seja terno para embalar suas noites e brilhar junto às estrelas do alto daquela pedra.

A moça-menina, menina-moça-mulher está em busca de seu amor-próprio.

Porque já cansou de ser presença esquecida, ignorada. E mirar-se aos teus braços sem medo e com desejo só pra ser presença em um dia, não; definitivamente não. Quero ser um verso qualquer sim; mas um verso para toda uma vida.

(Por Fernanda F. Fraga)

PS.: Inspirado na prosa poética da poetisa Priscila Rôde "Ela precisa ser ausência com lágrimas": http://priscilarode.blogspot.com/2010/10/ela-precisa-ser-ausencia-com-lagrimas.html


Escrevi esse texto ao som de Papas da Língua música linda "Vem prá Cá":


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terça-feira, 26 de outubro de 2010

.."Para que no mínimo a sua boca possa sentir o sabor de um Amor em sangue vivo, mas coagulado".

                                                           
          

                                                              ...”De olhares indiscretos
                                                                     O nosso amor
                                                               Quebrou feito objeto
                                                 Digo o que fazer então, são memórias tão reais
                                                              Do que nunca
aconteceu”... (Fotos na Estante/Skank) 





Tão profundo quanto à lágrima que desliza nos meus olhos, quanto a essa linha tênue que revelou todo seu acervo de mentiras e desdéns. Ela, porém, já pressentiu que o seu Querer iria se desfazer naquela noite fria. E como foi desfeito. Fosse talvez o dia mais intermitente. Aquela jovem sentia uma dor tão funda no peito que seu Amor foi coagulando no coração, sim; foi coagulando no coração. Cada fluxo intenso, cada hemácia foi aprisionada em seus átrios.   

Os dias foram passando, sombreados de um azul opaco. A cada tentativa de retomar e questionar o que viveram, ela ouvia e lia lentamente todas as confabulações do Amado-amor, para ela era um pesadelo, um enamorar-se desordenado e para ele nada aconteceu. Porém, seus anseios foram todos desconfigurados como fantasias do outro, dele do amado.

Ela em pouco mais de um ano carregou em si contemplações e expectativas, pois havia uma mutualidade em cada encontro: corpos abraçados, sussurros ao pé do ouvido, beijos macios, gestos de ternura, e imensos desejos diversos como uma suave brisa cálida no ar. Que alastrou em meios as chagas e feridas cortantes em todo seu ser.

No entanto, ela tem bebido altas doses de um vinho seco, com gosto de acre para repugnar aquelas memórias, aqueles teus lábios de desdém que proferiram em alto e bom tom: - “Não. não houve nada entre nós! (Me poupe!)”. Para que no mínimo a sua boca possa sentir o sabor de um Amor em sangue vivo, mas coagulado.

(Por Fernanda F. Fraga).

OBS: Esse meu texto pode ser lido ouvindo junto a essa música do Skank "Fotos na Estante" da letra citada acima. Inspirei esse fato ouvindo ela:

 

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Espelhos Dos Meus Olhos




 


Espelhos Dos Meus Olhos 


Instante eterno, mistério, ou tormento.

Luz que irradia nos meus olhos para amar-te

Espelhos que refletem e não cansam de olhar-te

Amor que suporta, espera, a todo o momento.

 

Olhos que se cruzam ou desviam em teu pensamento.

Espelhos d’água, rios que correm e que não apagam a chama.

E o brilho que te ofusca ou talvez eternize no tempo.

Nesse coração que dispara, pois só ele te ama.

 

É nos meus olhos que refletem o verde da cor.

E que na contemplação infinita

Que nos belos campos o beija-flor

 

Que na tua fúria inserida

Talvez um anjo lhe clame: por favor,

Busque em meus olhos o que diz a palavra

O que diz: o Amor!



(Por Fernanda F. Fraga)


 (Do livro: “Os Olhos do Coração / Fernanda Ferreira Fraga, Montes Claros - MG : Ed. Unimontes, 2003. pág. 56.: il.).

 

PS.: Está aí como mencionei ao criar esse novo blog que iria está postando não só contos, mas poemas que escrevo e, esse poema foi publicado no meu primeiro livro de poemas lançado em 2003, para quem não teve acesso ao livro está aí à oportunidade de ler, sentir e guardar na memória. Embora esse poema tenha sido escrito por mim em uma noite de verão de 1998, em um tempo muito difícil da minha vida, ele ainda se faz presente em meu peito, me encontro nele, pois tenho vivido semelhanças com aquele passado que hoje se faz morada, passado que me deixou marcas profundas e que hoje revivo tudo de novo. Mesmo que os amores já sejam outros, as vivências outras, a maturidade que se finda em meus poucos 26 anos, o poema continua descrevendo em mim toda palavra que em meus lábios se cala.

 

 

 

sábado, 25 de setembro de 2010

...“É o Fruto que se reveste de seus Silêncios e de suas Floradas”.




Já se despedem os últimos sinos do inverno. Os dias curtos, o frio intenso, o sol adormecendo mais cedo: o recolhimento. Pois aquele manto Santificado se preparava para dar lugar aos frutos novos. Mas os ventos aqui continuam a peregrinar, a trazer silêncios sussurrantes, mas carregados de Árias, orquestrando uma música descompassada e inebriante. 

Afinal, ela não sabia mais o que fazer com aqueles silêncios, sem aqueles atropelos insondáveis. Era notório que seu ofício no momento era florescer e florescer de Amor. Alinhavar todas as cores, todos os tons, as dores, todas as pétalas secas, pois já é Primavera. Mas em seu íntimo é difícil florescer em meio a tantas perdas, a esses alardes que o amor nos dá. Sim. É difícil o des(amar).

Parece-me que entre essas cirandas esperançosas e que “arar” a terra do seu coração seja um processo tão exaustivo quanto à Finitude do amar, dos Cânticos ao seu Amor. Mas ela sabe que precisa se reerguer, se desprender dessas dores e se revestir de outras grandezas. Para que o outro possa lhe ofertar mudas em seu pequeno-grande Jardim. 

Talvez ela queira sem perceber continuar nesse desvelo de sentimentos não correspondidos e não tenha forças suficientes de deixar o barco de a vida andar ao seu curso. Pois esses triunfos de enamorar-se, podem desfalecer sua tenra juventude. Uma vez que essas Estações arrancam também uma infinidade de sentimentos saudosos. Este é o fruto que se reveste de seus silêncios e de suas Floradas. 

Sim, ela passou pela dor.  Ela se prendeu tão inteiramente àqueles Outonos embalados de sombras de Inverno. Hoje seu suspiro é dissonante, mas queima em sua alma como fogo: Do Amor e do Florescimento.  

(Por Fernanda F.Fraga).


 

domingo, 5 de setembro de 2010

"Ela vai soltando seus anéis de saudade"



 

Ali naquele canto da sala, deitada no tapete plumoso, ela se desprendia entre uma música perdida no seu pensamento e os versos sonoros que se encontravam pouco a pouco naquele oceano de afagos, de promessas ali trocadas. Era inevitável que ela se entregasse a tantos sentimentos que outrora tanto desejou. Pois em cada encontro tomarias teu amor, como pétalas em tuas mãos.

Ela sempre deixou seu interesse mútuo àquela simetria de ternuras e encantamentos. Que ele também se refugiou por meio dela. A cada noite, em suas mãos ele delineava cada carinho, cada entrega... Porém, depois de tê-la tomado em seus braços e feito-a percorrer por caminhos que ela sempre ansiou está, ele parte para outro lugar; para outros braços. Feito folha que vai ao campo onde o vento saltou. Ele desmentia tudo, qualquer envolvimento. Dizia a ela que não havia nada entre os dois. Desconversava as interrogações da jovem perante os carinhos trocados, os beijos, as lembranças. Ela tentou percorrer o campo onde deixou seus sinais do seu amor orvalhado. Tentou ainda ir ao Sol recolher suas vestes de ouro, os lençóis, suas tiaras que prendiam seus longos cabelos, mas tudo foi em vão.  Nada fazia sentido. Seu amado desmentia tudo! A cada esquiva daquele jovem eram vários punhais em seu coração. Sua alma doía. Pois sentia um amor puro, forte, entregou-se por inteiro a relação. Sei que tudo aqui faz falta, embebe-se do silêncio entre eles a cada duplicidade do amor.

Ainda deitada no tapete plumoso, ela vai soltando seus anéis de saudade, pois suas mãos não se adequam mais para colher suas pétalas e nem para as carícias. Ah, mas a mim, a mim. Atento-me aos versos sonoros, com lágrimas nos olhos; caminhando ao redor por todo aquele tabernáculo.

(Fernanda F. Fraga, 04 de Setembro de 2010)

 

 

 

sábado, 28 de agosto de 2010

“Floresci loucuras, por isso abri curiosa o Céu”


06/08/2010.
 



Foi como sentimentos em grande escala, tão agudas em meu peito. Graves e intensos. Como fogos de artifício. A noite pairava, e meu coração saltitava de uma alegria infinita. Queria eternizar aquele momento. Meus olhos mergulhavam dentro dos teus, era uma plenitude crucial. Ele lia meus olhos como quem moldava cada nuance de meu ser, da minha alma, do meu corpo; detalhe por detalhe. O movimento oscilatório daquele carro era definitivo para nós, desejei que aquele passeio não acabasse. Ruas e ruas, curvas e curvas. E cerca de segundos a porta dos meus sonhos foi chegando a sua partida. Meu coração pulsava como uma bomba, ponto a eclodir. Afinal, aquele instante era único para mim, pois nunca tínhamos ficado a sós como aquela noite. Depois vi seus braços moverem o freio de mão parando quase no ponto final da esquina. Naquele instante já veio à sensação de que tudo não passava de quimeras em meu ser. Conversamos um pouco, comemos alguns bombons. Ficamos lá por horas a fio. Eu já sem esperança nenhuma; despedi-me e virei sorrateiramente para abrir a porta do carro. Ouvi uma voz mansa e carinhosa chamando meu nome, virei-me e deparei com aquela face perfumada junto a minha. Ele com ímpeto beijou-me, não conseguindo conter-me com aquela orquestra inabalável de nossos lábios. Floresci loucuras, por isso abri curiosa o Céu.

(Fernanda F. Fraga, 06 de Agosto de 2010)

 

 

 


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA 24° PSIU POÉTICO




O grupo de literatura e teatro Transa Poética, com o apoio da Prefeitura de Montes Claros, através da Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, a Universidade Estadual de Montes Claros – MG – a Unimontes, abre as inscrições para o 24° Salão Nacional de Poesia Psiu Poético, cujo tema será Cinepoesia, que ocorrerá no período de 1º de julho a 31 de agosto de 2010, na biblioteca pública municipal Antônio Teixeira de Carvalho, no centro cultural Hermes de Paula, da secretaria de Cultura de Montes Claros/MG.
De acordo com Aroldo Pereira, os participantes podem inscrever de um a três poemas, digitados ou trabalhados de forma artesanal.
- Também poderão se inscrever para a mostra de poesia visual, arte-postal e declamação. Os artistas interessados em participar com performances, recitais, esquetes teatrais, intervenções, palestras, debates, vídeos, filmes, músicas, danças, pequenos shows, lançamento de livros, CDs/DVDs e demais manifestações culturais, poderão se inscrever, ressaltando que os trabalhos precisam ter a poesia como referência matricial. Nessas categorias, será inscrito apenas um trabalho por participante - diz.
Aroldo ainda diz que não será cobrada nenhuma taxa de inscrição.
- O Salão Nacional de Poesia Psiu Poético não é um concurso, nem tem como propósito premiar o primeiro lugar de cada categoria.  Seu princípio básico é celebrar a poesia e promover o encontro de poetas, escritores e artistas de todos os lugares, para que possam conhecer e discutir a produção poética contemporânea neste início de século, apresentando o resultado a um público amplo de estudantes, educadores, leitores, e demais pessoas interessadas - afirma.
O 24° Salão Nacional de Poesia Psiu Poético acontecerá de 04 - Dia Municipal da Poesia em Montes Claros – MG a 12 de outubro de 2010, no centro cultural Hermes de Paula. -Durante a programação a poesia é levada a vários locais da cidade e, a cada versão do projeto, seis poetas são homenageados, pelo que vêm contribuindo com a discussão e evoluação da arte poética brasileira. O salão acontece desde 1987, sendo considerado o maior evento do gênero que ocorre no país de que se tem notícia pela impresa brasileira. 

Outras informações do regularmento e inscrições on line no site:
www.psiupoetico.com.br, 
(38) 3229-3457/32293458, 
E-mail: aroldopereirapoeta@yahoo.com.br


PS.: Participo do PSIU poético desde 2002, e é algo recompensador. Todos estão convidados a partipar desse evento literário para também conhecerem os Montes, os Claros das Minas Gerais, os trejeitos do povo mineiro arraizado de versos e de poesia.




sexta-feira, 30 de julho de 2010








(...) “Me envolvo em tranças de cabelos quentes

Me perco em frias flautas de bambu

Sou nota que insiste em seus dentes

Ganhei da vida o tons que fazes tu.” ( Larissa Lamas Pucci).

 

Esse ar sereno e brotante que cobria minha face de saudade escondida. Por entre meus devaneios chorosos, pouco das minhas mãos insistem em ter-te tão meu, tão nosso.

E de mim, cujos tons e sons se emergiam em beijos sequiosos, mas somente imaginários. Uma quimera que eu desejei dia após dia ter-te como alegoria, ou por gotas de um orvalho que pendiam no meu céu. Que o seu próprio olhar poderia se prender (se quisesse).

Poderia ser uma cumplicidade que tomava conta de mim, mas trilhei por outros beijos, tácitos, ávidos e cálidos, só pra nutrir-me de sol, de luz. Enquanto não o tinha ao meu alcance. Só que me perdia sempre, pois os beijos (do outro) não eram tão sinceros, ao ponto de flamejar, de elevar à enésima potência, todos os estandartes puros e ternos de uma alma tão singular.

Dedilhar amores ao piano, eu poderia, eu toco, eu me arrisco... Queria tocar notas intocáveis, há um som de arco-íris que só se pode ver e ouvir, assim; na plenitude. Há muitos tons e cores incoloríveis.

E de mim que anseia expirar e colorir tela por tela os teus desejos mais profundos, suspirava se permitisses, sê-los também. Roubarei num beijo, teus lábios por sobre os meus, daqueles, bem devagar e macios, que dá só uma encostada bem de leve, no seu rosto – e me despeço. É assim que te beijo. Com os beijos teus, sou eu. Inteiramente, tua.  

(Por Fernanda Fraga, Fevereiro de 2010).